Susep decreta liquidação extrajudicial da Nobre Seguradora

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O Conselho Diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep) decidiu, por unanimidade, em reunião ordinária do dia 3 de outubro, liquidar a Nobre Seguradora do Brasil S.A. A empresa vinha apresentando prejuízos recorrentes em suas operações e não adotou nenhuma solução factível para o saneamento definitivo dos problemas. Essa situação perdurou, inclusive, durante o Regime de Direção Fiscal decretado pela Susep em 31 de março deste ano.

Veja a íntegra da Portaria sobre a liquidação da empresa

SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS PORTARIA No 6664, de 3 de outubro de 2016

O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, com base na alínea “a”, do artigo 96 do Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, e no artigo 69 da Resolução CNSP nº 31, de 15 de julho de 2015, e considerando o que consta do Processo SUSEP nº 15414.100254/2016-16,

RESOLVE:

Art. 1º Decretar a Liquidação Extrajudicial da NOBRE SEGURADORA DO BRASIL S.A., CNPJ nº 85.031.334/0001-85, fixando o termo legal da liquidação em 03 de outubro de 2016.

Art. 2º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOAQUIM MENDANHA ATAÍDES
Superintendente

Fonte: Susep

Seguro online exige uma atenção redobrada

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fonte :FENACOR

 

Antes de contratar apólices de seguro pela Internet, aqui vai um alerta:a opção apresentada aos clientes como “rápida, fácil e moderna” pode trazer dores de cabeças. A opção totalmente online deve ser muito bem avaliada para não se tornar uma armadilha para o consumidor.

Muitas das seguradoras 100% online não possuem registro na Superintendência de Seguros Privados (Susep), o órgão regulador do mercado no Brasil. Suas propostas de trabalho são baseadas num conceito de empreendedorismo e de liberdade de escolha do cliente com anúncios pregando a venda direta de apólice.

Segundo a Federação dos Corretores de Seguros (Fenacor), a propaganda pode iludir o consumidor ao dizer que o corretor de seguros não é necessário.

A Fenacor destaca que este tipo de empresa sem registro é ilegal, com posturas agressivas em relação ao consumidor, o mercado e aos corretores de seguros. “Trata-se de um desafio ao Código de Defesa do Consumidor, pelos riscos que acarreta para quem é enganado na compra de produtos. Para os corretores, é um desrespeito com nossa profissão, devido à propaganda desrespeitosa”, alerta Armando Vergilio, presidente da entidade.

Ele destaca que seguro não é apenas uma contratação ou a sensação de segurança e cobertura. É dar ao cliente a garantia de bons produtos, caso alguma eventualidade aconteça. “Uma seguradora online e sem registro é uma ilusão perigosa”, critica o presidente da Fernacor. Para Vergilio, o corretor é alguém que conhece o mercado e os perfis de seguros mais indicados aos clientes, numa relação de confiança. “Mexemos com momentos de tensão, dor e perigo na vida das pessoas. “Vamos além da venda pura e simples”, acrescenta.

Quando falamos de seguro online, alguns ramos necessitam de mais atenção na escolha das coberturas a serem contratadas. Para Erico Melo, corretor de seguros e presidente do Sincor Sergipe, é preciso atenção: “Para a modalidade de automóvel, por exemplo, pode-se ter a sensação de estar contratando um produto completo, com cobertura total, e na hora da ocorrência de uma colisão com perda parcial ter a infeliz surpresa de que o produto escolhido somente oferece cobertura por perda total ou somente para danos a terceiros”, exemplifica.

As modalidades online têm contratações que tendem a ser de produtos simplificados, que não apresentam várias opções de coberturas. Este é mais um motivo para o cliente ficar atento. Em caso de análises mais complexas, o melhor é um consultor para analisar as diversas variantes envolvidas.

O mercado de seguros no Brasil

O setor de seguros é responsável por 6% do Produto Interno Bruto (PIB). É uma indústria que emprega mais de 40 mil pessoas, abriga cerca de 90 mil corretores e reúne 112 companhias seguradoras em todo o país. Em 2015, movimentou R$ 365 bilhões em volume de prêmios (considerando resseguros e a saúde suplementar), crescendo 11,6%, o que mostra sua força na economia nacional. As provisões técnicas estão próximas de atingir R$ 800 bilhões.