Associações e cooperativas não são autorizadas a comercializar Seguros para os clientes, aponta a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e condena o mercado de Seguros como um todo. Muitos clientes, talvez por falta de informação, talvez motivados principalmente pela diferença de preço, abrem mão de contratar um Seguro oficial e recorrem às chamadas “proteções”, não sabendo que a escolha é uma cilada uma vez que a SUSEP ressalta que não há qualquer tipo de acompanhamento técnico de duas operações.
Quando o Corretor se depara com casos de clientes que optam por esta troca, é importante ressaltar a ilegalidade da atuação das associações e cooperativas, deixando claro que há grandes chances de o cliente ficar na mão “Já tive um cliente que contratou essas associações e falei ‘olha, não é legalizado, você está correndo um risco. Caso haja um sinistro maior, você vai ficar sem receber sua indenização porque não há o que os obrigue a pagar’”, destaca o Corretor de Seguros Paulo Cesar Mascarelli sobre a irregularidade das empresas.
Em outro caso, o cliente cotou um Seguro para um carro que custou em torno de R$ 58 mil e a apólice de Seguro saiu por quase 20% do valor do veículo. O cliente destacou que “infelizmente”, teria que recorrer às associações devido ao preço ”elevado” de um Seguro oficial. “Olha, Seguro legalizado é isso. Eu digo que é melhor pagar caro e ter a garantia de que vai receber do que precisar e ficar sem”, contra-argumentou Mascarelli.
O tema foi pauta de uma das mesas do 3º Ecoseg, realizado em Santa Catarina, na última semana. Os integrantes do painel foram, entre outros Armando Vergílio, presidente da Fenacor, Dorival Alves, presidente do Sincor Distrito Federal, e Antônio Penteado, advogado especializado em Seguros. Todos reforçaram a importância do Corretor e da SUSEP no combate a estas empresas. Em 2012, durante a Operação Prêmio, a Superintendência fechou 10 entidades e prendeu 11 pessoas. Em 2014, a entidade confirmou a representação contra 15 associações e cooperativas, e manteve multas que somavam, juntas, R$ 331 milhões. Os profissionais que se dispuserem a combater estas empresas ilegais, podem saber mais sobre o assunto aqui ()
Fonte: CQCS