BNDES financia eólica em PE

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Imagem: Wikipedia

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou em dezembro seu primeiro financiamento à geração de energia eólica em PE. O empréstimo de R$ 580,8 milhões viabilizou um complexo de sete parques eólicos nas cidades de Pedra, Caetés e Paranatama, no Agreste, um investimento total de R$ 846,8 milhões da Ventos de São Tomé Holding S/A, controlada pela empresa Casa dos Ventos.Embora o complexo tenha sido anunciado em maio de 2014, a aprovação do financiamento do BNDES tem uma força simbólica quanto à implantação total do projeto, que prevê outras duas etapas. A fase com financiamento garantido no banco envolve 107 torres eólicas. No futuro, a ideia é alcançar 350 torres, um investimento de R$ 2,5 bilhões.

O BNDES já financia há anos projetos do segmento no Brasil e, mais especificamente, no Nordeste. Mas Pernambuco não tem tradição na área. O chefe do departamento Regional do banco, Paulo Guimarães, comenta que o mapa das principais jazidas de vento no País normalmente relacionam no Nordeste apenas Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia. A principal questão era tecnológica. Para se ter uma ideia, as primeiras torres de pesquisa instaladas no Brasil em 1992, uma em Olinda e outra em Fernando de Noronha, tinham 15 metros de altura.

Aos poucos, novas torres financeiramente viáveis alcançaram alturas maiores. Hoje esses equipamentos são gigantes de até 150 metros de altura, o que fez surgir no mapa dos ventos novas áreas a serem desbravadas no setor.

“Para nossa alegria, Pernambuco também entrou nesse circuito”, comemora Guimarães. O Complexo Eólico de Caetés, em sua primeira fase, terá uma potência instalada de 181,9 MW, com parques batizados de Santa Brígida I até Santa Brígida VII.

“O aumento dos desembolsos do banco na área de energia eólica vêm de 2010 para cá. Naquele ano, foram cerca de R$ 300 milhões. Em 2012 o valor já era quatro vezes maior. Ano passado, o total chegou a R$ 6,6 bilhões”, analisa Paulo Guimarães. Somando toda a carteira do BNDES desde 2010, calcula, o valor chega a R$ 10 bilhões.

Um fator importante para o segmento é o estímulo à cadeia de produção de equipamentos eólicos de Pernambuco, ressalta Guimarães. No Complexo Industrial Portuário de Suape, indústrias produzem os principais componentes das torres, como turbinas e pás.


Fonte: http://www.mgcomunicacao.com/